No plano de Deus, a fim de salvar o homem, era necessário
que Jesus assumisse a forma humana, pois Ele determinou que o mundo vindouro
não seria entregue aos anjos e sim ao governo do homem (Hb 2:5-8). Esse homem
precisaria vencer todas as coisas para ser coroado de glória e de honra (v.7).
Todavia, nenhum de nós teria condições de vencer para assumir o reino; por esse
motivo, João chorava muito (Ap 5:4).
Deus, na Sua infinita sabedoria, enviou Seu próprio Filho
unigênito, Jesus, na forma humana, para nos salvar. Ao contrário do que muitos
pensam, Jesus era sujeito às mesmas fraquezas de um homem normal (Hb 4:15);
também precisou ser aperfeiçoado por meio de sofrimentos (2:10), e aprendeu a
obediência pelas coisas que sofreu (5:8). O livro de Filipenses registra o
caminho de Jesus para a vitória: ”Tende em vós o mesmo sentimento que houve em
Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação
o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo,
tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si
mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz” (2:5-8).
Nos tempos antigos, Deus confiou aos anjos o governo do
primeiro mundo. Para essa tarefa de grande responsabilidade, o Senhor preparou
um arcanjo cheio de sabedoria e formosura: ele era o selo da perfeição (Ez
28:12). Por causa de sua grande capacidade, com certeza ele cumpriu muito bem
seu papel. Todavia, um dia o orgulho brotou de seu coração, e ele quis exaltar
o seu trono até ser semelhante ao Altíssimo (Is 14:12-14). Há um provérbio que diz:
”Como o crisol prova a prata, e o forno, o ouro, assim o homem é provado pelos
louvores que recebe” (Pv 27:21). Todo ser superior que possui alma, não suporta
o sucesso; logo ele se acha muito capaz e quer se equiparar a Deus, e assim abre
espaço para entrar a iniquidade.

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