Ao enaltecer a presumida vantagem do fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal, Satanás seduziu o homem acenando com a capacidade
de decidir por si mesmo o que é bem e o que é mal. Desse modo o homem se
apossou de um conhecimento que, até ali, tinha sido direito exclusivo de Deus
(Gn 3:5, 22; Is 5:20). Ao fazer tal escola, consentiu com seu desligamento de
deus para assumir o comando de seu ser. A morte não foi física, mas espiritual.
Seu espírito se amorteceu e perdeu a função de contatar Deus e receber Dele
todo o suprimento e direção. A alma, isolada então do espírito, ganhou
autonomia e vida própria, que chamamos de vida da alma.
A mente, que, pelo plano de Deus, teria a função de receber
Sua palavra pelo espírito, agora, independente de Deus, tem a responsabilidade
de assegurar a condução de todo o ser do homem. Seu único recurso é buscar na
árvore do conhecimento maior entendimento para suas ações. Esse é o motivo da
incessante busca do homem pelo conhecimento. É o conhecimento que o fundamenta
para julgar o que é certo e, como resultado, torna-se a base para suas ações.
Satanás enganou o homem com a isca que um dia o seduziu: o
engodo do conhecimento, da vanglória arrogante (Is 14:14). Uma vez enganado, o
homem desejou ter entendimento (Gn 3:6) para poder fazer o bem e, por
conseguinte, agradar a Deus. O homem ali desejou poder discernir o certo do
errado para sempre fazer o certo e dessa forma contentar o Senhor. Mas o bem e
o mal, tanto quanto o certo e o errado são frutos da mesma árvore, a que produz
morte, pois está totalmente desligada de Deus, que é vida.

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