sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O ENGANO DO CONHECIMENTO


   Ao enaltecer a presumida vantagem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, Satanás seduziu o homem acenando com a capacidade de decidir por si mesmo o que é bem e o que é mal. Desse modo o homem se apossou de um conhecimento que, até ali, tinha sido direito exclusivo de Deus (Gn 3:5, 22; Is 5:20). Ao fazer tal escola, consentiu com seu desligamento de deus para assumir o comando de seu ser. A morte não foi física, mas espiritual. Seu espírito se amorteceu e perdeu a função de contatar Deus e receber Dele todo o suprimento e direção. A alma, isolada então do espírito, ganhou autonomia e vida própria, que chamamos de vida da alma.

   A mente, que, pelo plano de Deus, teria a função de receber Sua palavra pelo espírito, agora, independente de Deus, tem a responsabilidade de assegurar a condução de todo o ser do homem. Seu único recurso é buscar na árvore do conhecimento maior entendimento para suas ações. Esse é o motivo da incessante busca do homem pelo conhecimento. É o conhecimento que o fundamenta para julgar o que é certo e, como resultado, torna-se a base para suas ações.

   Satanás enganou o homem com a isca que um dia o seduziu: o engodo do conhecimento, da vanglória arrogante (Is 14:14). Uma vez enganado, o homem desejou ter entendimento (Gn 3:6) para poder fazer o bem e, por conseguinte, agradar a Deus. O homem ali desejou poder discernir o certo do errado para sempre fazer o certo e dessa forma contentar o Senhor. Mas o bem e o mal, tanto quanto o certo e o errado são frutos da mesma árvore, a que produz morte, pois está totalmente desligada de Deus, que é vida. 

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